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Arquétipo da Deusa Ísis - Aquela que Possui Dez mil Nomes


Ísis é o nome grego da antiga Deusa Egípcia Aset, que significa "espírito". O nome Aset foi alterado para Ísis pelos colonizadores gregos quando esses chegaram até o Egito e sob esse nome ela foi reverenciada durante gerações do Nilo ao Reno.

Ísis foi a Deusa mais cultuada entre os egípcios. Ela tinha seus próprios sacerdotes e sacerdotisas e milhares de templos espalhados por todo Egito. É filha de Nut e Geb, irmã de Osíris, Nephtys, Seth e Mãe de Hórus, a criança divina.


A história do mito de Isis é extremamente simbólica, e sua leitura desvela relatos de muito conflito pelo poder, inveja e violência. Os mitos refletem os sentimentos humanos de uma época.

As histórias são uma forma de simbolizar aquilo que é vivido de forma sintomática, e por isso trazem luz onde só percebemos escuridão. O mito de Isis é um exemplo de como as emoções conflituosas no início da civilização egípcia eram caóticas.


A lenda conta que os filhos da deusa Nut eram Osíris, Set, Néftis e Isis. Osíris recebeu as terras férteis dos dois lados do Nilo, e Set recebeu a terra vermelha árida do deserto. Isis tornou-se a esposa de Osíris e Néftis a esposa de Set. Set tornou-se irado e invejoso do irmão, e Néftis achava que ele não a amava porque Isis era mais linda, então começou a se vestir e se pentear como Isis para ver se o marido reparava nela. Uma noite, vestida como Isis, ela enganou Osíris e fez amor com ele, engravidando.

Seu filho foi chamado de Anúbis, e era metade animal e metade homem, mas era filho de um deus e Isis o adotou, ensinando a ele sua magia. Anúbis tornou-se o deus dos mortos, do submundo.


Set não se conformava com o fato de que o filho de sua esposa era, na verdade, de Osíris, e planeja matá-lo. Mandou preparar uma caixa bem grande, toda encrustada de joias, do tamanho de Osíris. Preparou uma festa, e convidou o irmão. Disse a todos que daria de presente a rica caixa para quem coubesse dento dela. Osíris entrou e o bando de Set fechou a caixa prendendo-o dentro. A caixa com Osíris foi levada para o rio Nilo e jogada na correnteza.


A notícia correu, uma caixa com o rei morto flutuava Nilo abaixo. Isis entra em depressão. Em andrajos, ela vagava pela margem enlameada do rio, lamentando-se e deprimida. Segundo o mito, durante muito tempo ela vagou pelo deserto, tremendo de frio, cercada de animais selvagens, num estado próximo da loucura.


Até que ela chegou a Biblos, na costa da Síria, onde diziam que a caixa tinha ido parar. Segundo a lenda, quando a caixa tocou a terra, naquele lugar brotou um pé de tâmara gigantesco, que envolveu totalmente a caixa dentro de seu tronco. Um rei sírio admirou a tamareira pelo tamanho e pelos frutos, e mandou seus homens derrubá-la. Pensou, esse tronco vai dar uma bela coluna central em minha casa.


Isis continuava vagando enlouquecida quando, cansada, sentou-se perto de um poço, onde algumas meninas se aproximaram e começaram a conversar com ela, brincando e jogando água em seus cabelos. E depois de muito tempo, Isis sorriu. As meninas pegaram Isis pelas mãos e a levaram até o palácio da rainha, que lhe deu o emprego de cuidar do seu filho pequeno. Isis passou a amar aquelas crianças.


Passado algum tempo, ela quis transformar o filho da rainha num deus imortal. A noite, quando todos dormiam, ela o colocava sobre as chamas de carvão incandescente e assim teria feito durante 21 dias, se a rainha não tivesse descoberto o que estava acontecendo. Ao ser descoberta, Isis revelou ser a rainha do Egito, e implora ao rei Sírio que devolva o seu marido aprisionado dentro do tronco da árvore. Tudo se passa exatamente como foi com a deusa Deméter, deprimida pelo rapto de sua filha Perséfone.


Comovidos pela história da deusa, os reis derrubaram a enorme coluna e cortaram a madeira que envolvia a caixa cravejada de joias. Isis se emocionou. Colocaram a arca num barco e Isis retornou ao Egito conduzindo de volta o cadáver de seu amado Osíris.


Ao pisar em terras do Egito, Isis abre a caixa e vê a face do marido enegrecida, imóvel, com as cores da morte. Ela o envolve em linho branco, passa óleo de mirra no seu corpo, e sua dor era tamanha que ela começa a chorar. Num choro convulsivo entra em transe, e começa a girar, rodopiar, ajoelhando e suspirando em volta do marido, entoando cânticos e chorando, enlouquecida pela dor da separação. Nesse momento o tempo parou. A magia acontece. Isis se deita sobre o corpo do marido e assim permanece durante toda a noite, fundida naquele que amava tanto. Em seus ouvidos ela dizia sem parar palavras de vida, de amor, de luz, de força, de poder. E ele volta a vida e a fecunda. A magia se concretiza. Isis, tem no ventre, agora, a semente de seu filho Hórus.


De manhã, Isis esconde a caixa com o corpo do marido e corre para buscar ajuda, porque sozinha não conseguiria levá-lo. Mas Set farejou a presença do irmão, descobre a caixa e , enfurecido pelo ódio, golpeia o corpo com seu facão, separa o corpo da cabeça, esquarteja o irmão em 14 pedaços e joga-os no Nilo. Os pedaços do corpo de Osíris foram novamente levados dispersos pela correnteza.


Quando Isis soube do feito de Set, ela chamou Néftis e Anúbis e eles começaram a recolher as partes de Osíris que encontravam boiando no rio. Durante 28 dias ela percorreu o rio de barco para reunir as partes de seu corpo, e depois, para cada parte do seu corpo encontrado, Isis incumbiu aos seus sacerdotes de construir um templo para lhe render honras.


Todos os pedaços foram encontrados, menos um, o pênis. E em seu lugar, Isis mandou fazer um falo de ouro. Set soube de sua gravidez com o irmão morto, do deus que ela carregava no ventre e mandou aprisioná-la. Por vários meses ela passa o seu tempo tecendo no tear, enquanto sua barriga cresce.


Mas na hora do parto, ela recebe ajuda dos deuses, e teve seu filho em liberdade. Ela diz: Chamai-o de Hórus, o duas vezes nascido!

Agachada, com os pés sobre dois tijolos de barro, Isis pariu a criança com as próprias mãos, soprou o alento sobre a face da criança e Hórus inalou a essência da mãe divina.


O menino cresce e Isis ensina como entrar em contato com o pai Osíris através dos sonhos. Por intermédio do plano psíquico e intuitivo, Hórus recebe a benção do pai e sua orientação espiritual.


Por essa época as mulheres tornaram-se os primeiros agricultores, e junto com a agricultura, desenvolveu-se o culto da deusa-vaca, Hator, cuja fertilidade simbolizava a maternidade. Como as fêmeas humanas, as vacas parem suas crias depois de nove meses, alimentam-nas com seu leite, e eram auxiliares das mulheres que aravam os campos onde cresciam os grãos. Seus chifres em forma de meia lua simbolizavam a lua crescente e minguante, que coincidiam com o ciclo menstrual do útero.


Isis é a Grande Mãe, o próprio poder feminino da gestação, e quando toma a forma animal de vaca, se torna o alimento divino da vida humana. Todos os faraós do Egito, nobres e sacerdotes, foram retratados através de pinturas nos templos e tumbas se alimentando de suas tetas, cheias de leite.


As sacerdotisas chegavam ao Templo ainda muito jovens, e eram treinadas para se preparar para o ritual de Isis e Osíris, quando teriam seus ventres preenchidos pela semente da vida e vivenciariam a experiência da maternidade sustentada pela consciência do Sagrado. Seus parceiros eram homens escolhidos pelo Oráculo, que conhecia suas qualidades e podia decidir sobre quais seriam as virtudes necessárias às futuras gerações.


As anciãs do Templo de Isis ensinavam que os seres extraplanetários que vieram para a Terra sustentavam, através da consciência, as Leis cosmológicas, ou seja, os movimentos essenciais que manifestam a gestação, a ciência vibracional, a genética, a ciência do tempo, a ciência da magia, das artes, da música das esferas sutis do cosmos.


Hoje ainda, se uma mulher é despertada para sua essência feminina, que é onde reside a verdadeira sabedoria da mulher, talvez ela esteja se lembrando da antiga missão de ser uma Guardiã do Sagrado Feminino.


Para as antigas sacerdotisas de Isis, magia é a consciência das chamadas Leis Gestadoras, a consciência das frequências que se movimentam para manifestar a grande teia cósmica, a grande Teia Mãe, a Grande Gestação.


Mas sempre coube às mulheres sustentarem o Feminino Sagrado pois é ela quem manifesta naturalmente, através de seu próprio corpo, o princípio cosmológico que é a gestação de um ser. Por isso, para ser uma Guardiã do Sagrado Feminino é necessário ser aquilo que se guarda.


É preciso cuidar para não ver na força-Mãe uma mulher-deusa, que detém o poder e a beleza acima de todas, e sim, como uma força gestadora que manifesta o princípio cosmológico da Mãe em todas as mulheres. A Deusa Isis é uma força-Mãe de vida, que se manifesta através de mil nomes e mil formas diferentes.


Cuidado para não se deixarem levar por propostas de poder e luxúria. Todas, com o passar do tempo, serão tentadas a compartilhar da ilusão de uma vida de poderes, vaidades, prestígios, riquezas, seduções e conquistas. Serão testadas justamente nos pontos mais frágeis do caráter de cada um. Para que essa força destrutiva avance, ela precisa nutrir-se da força sexual, que é a força-Mãe.


Para destruir a força-Mãe, o desequilíbrio sexual tem de ser despertado e impulsionado pela promiscuidade, como forma de enfraquecer o caráter das mulheres. Nossa missão é retornarmos à consciência do Sagrado através da verdadeira Tradição da Deusa Isis, resgatando nosso alinhamento com a força gestadora do feminino. É preciso resgatar a consciência do Sagrado Feminino em todas as mulheres da Terra.


Hoje, eis que as Anciãs conclamam: O Sagrado está chamando cada uma de suas filhas de volta à casa Mãe, pois uma vez filhas de Ísis, eternamente Ísis!


O sétimo chacra é regido pela Deusa Ísis, pois é a espiritualidade feminina em si.

Mulheres desse arquétipo possuem a força das antigas sacerdotisas, o poder do Sagrado Feminino em sua essência mais pura. São geralmente mulheres muito religiosas, às vezes entregam-se ao sacerdócio como freiras, ou participam de religiões onde a "a Grande Sacerdotisa "será sempre reverenciada.


Seu dia é segunda-feira.


Invoque a deusa para cura, emoção, magia, fertilidade, proteção de crianças, fartura, abundância, riqueza, posição social, família, amor, lealdade, criatividade, artes.


Cores: azul-turqueza, branco, verde, rosa, amarelo.


Símbolos: Lua, trono, crescente lunar, escorpiões, serpentes.



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