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Lilith - A mulher que Reivindica a Igualdade


Lilith representa a essência da mulher que deu o presente do grão, a criadora, a mãe protetora, aquela que deu nascimento à Lua. Ela não pode conceber a inferioridade de nenhum ser, um conceito muito distante da sociedade moderna.

Origem

Lilith foi a princípio uma Deusa sumério-babilônica chamada Belit-ili ou Belili, que parece ter ocupado um lugar alterado na religião judaica, similar à integração de vários Deuses pagãos, como “demônios” ou espíritos infernais. Com isso, a lenda de Lilith foi excluída da Bíblia. Ela é o resultado da tentativa rabinica da assimilação de Belili na mitologia judaica.

Para os canaanitas , Lilith era chamada de Baalat, a “Divina Senhora”, que se tornou uma “Grande Deusa” das tribos que resistiram à invasão dos vaqueiros nômades.

Era descrita como uma Deusa com longos cabelos e ornada de asas, com um corpo sensual e pés em forma de garras. Aparece geralmente sem roupas, representando sua natureza indomada. Muitas vezes, é representada sobre um leão e portando a coroa sumeriana da realeza.

Seus primeiros mitos são originalmente encontrados na Suméria.

Seu nome vem da raiz Lil, que significa “ar”, e a palavra antiga mais conhecida associada a ela seria Lili, no plural Lilitu, que aparentemente possui a definição de "espírito" . Deduz-se daí que Lilitu era então um tipo específico de espírito.

Surgimento

Datando de mais de 2300 AEC, Lilith é uma Deusa sumeriana, hebraica e muçulmana. Considerada filha de Mehibatel, é uma divindade extremamente complexa. Sua imagem muda de cultura para cultura, tornando-se mais e mais demoníaca, conforme os valores patriarcais começam a dominar.

Lilith era como uma súcubo sumeriana, e encontramos uma criatura entre os sumerianos e babilônios com o nome de “Ardat Lili”, considerada um demônio em forma de uma jovem mulher, que vagava pela noite enviando sonhos eróticos aos homens para roubar seu sêmen e vitalidade espiritual.

Entre os povos semíticos da Mesopotâmia, ela foi primeiramente semelhante a Lil, uma Deusa sumeriana que enviava seus poderes de destruição pelos ventos, raios e tempestade. Ela adquiriu sua caracterização como um demônio de asas que voava à noite, mãe dos íncubos, com o poder de assumir a forma de coruja. Muitos pensamentos e fantasias foram criados a seu respeito, como suas filhas, as Lillim - demônios femininos que seduzem e atormentam os homens em seus sonhos, sugando sua energia vital e copulando com eles.

Acreditava-se que elas poderiam atacar as mães e os bebês. Isso passou a ser tão difundido e acreditado que inúmeros rituais, amuletos, talismãs e preceitos foram desenvolvidos pelos hebreus para proteger o recém-nascido dos possíveis ataques de Lilith e das Liliam.

Dizem as lendas que Lilith rejeitou Adão, o primeiro homem, quando ele tentou forçá-la a ocupar uma posição submissa, sexualmente e em essência. Lilith foi a primeira mulher de Adão. Todas as vezes que eles se uniram sexualmente, Lilith demonstrava insatisfação por ficar embaixo.Ela não gostava de ter que suportar o peso do corpo dele, de ter que abrir o seu corpo para ele e ser dominada. Acreditava que era seu direito ser igual a ele, pois tinha sido feita da mesma forma. Adão se recusou por sucessivas vezes a inverter a posição na hora da relação, pois a “ordem” não podia ser mudada, mas Lilith lutava por igualdade. Quando ela percebeu que não iria conseguir, rebelou-se e então o amaldiçoou e foi embora voando para o Mar Vermelho.

Atributos

Primordialmente considerada uma Deusa que trazia benções para os bebês, fazendo cócegas em seus pés enquanto dormiam e que os protegia em seus dezenove primeiros dias de vida.

Deusa independente, que impulsionava a libertação das garras dominadoras, fazia as mulheres escutarem suas energias, direcionando-as para a liberdade e igualdade.

A princípio, ela foi cultuada como uma Deusa do nascimento, da sensualidade e do poder. Suas lendas sobre a rebelião contra os padrões patrilineares a classificaram como a primeira feminista e como a primeira esposa, Suas histórias sobre determinação e luta pela indepêndencia são muitas. Lilith representa aceitação e luta pela independência. Lilith representa a aceitação da auto verdade, não importa o quanto custe, e é mostrada com animais de realeza e sabedoria. Representa também o desafio feminino e a força. O resultado de seu ataque aos homens à noite simboliza a vingança da mulher sobre o homem que tentou feri-la e tolhê-la.

Lilith é alegria, força, poder, conhecimento, sexualidade. A energia sexual de Lilith é viva, faminta e natural. Ela é pulsante, primal.

Campo de Atuação

Lilith tem conexão com a Deusa etrusca Leith, que não tem face e que aguarda no portão do Submundo, ao lado de Eita e Persipenei, as almas dos mortos. O submundo desde tempos imemoráveis é o símbolo do útero. A admissão no Submundo pode ser simbolizada como a própria união sexual, mais uma conexão com os atributos associados a Lilith.

Deusa sumeriana que enviava seus poderes de destruição pelos ventos, raios e tempestades.

Animais sagrados

Coruja, serpente, leão

Lugar de Culto

Deserto do Mar Vermelho. Desertos, mares afastados, cemitérios.

Oferendas

Salgueiro, lança, pedra furada, pérola negra.

Dia da semana

Segunda-feira

Cores

Preto, vermelho, cinza, lilás, branco

Aroma

Estragão

Conexão

Para sexualidade, sexo, magia, poder, alegria, força,conhecimento, sensualidade, igualdade, sabedoria, regeneração, sedução, prazer, maldição.

Adquira uma pérola negra numa segunda-feira de lua nova unja-a com o sumo do estragão, pedindo a Lilith que o abençoe com o poder da sensualidade e da sedução.

Fontes: A Biblia das Bruxas, Todas as deusas do mundo-Claudiney Pietro


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